A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (17), a Operação Rescue 17, com o objetivo de aprofundar investigações sobre um suspeito de armazenar e compartilhar imagens e vídeos de abuso sexual infantojuvenil.
Agentes da PF cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal na cidade de Sobrado, no sertão da Paraíba.
A investigação começou a partir de uma notícia-crime encaminhada pela ong SaferNet ao MPF em São Paulo. O MPF identificou o possível compartilhamento de arquivos contendo abuso sexual infantojuvenil em grupo público do aplicativo WhatsApp e informou a PF.
A partir dessas informações, foram feitas análises que identificaram dados relacionados aos administradores e participantes do grupo, possibilitando o avanço das diligências e a individualização dos investigados.
Durante o cumprimento da ordem judicial, foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão periciados pela PF para verificar se existem arquivos contendo abuso sexual infantojuvenil e evidências de outros crimes, como o compartilhamento dessas imagens.
Embora o termo “pornografia” ainda seja utilizado no Estatuto da Criança e do Adolescente para definir uma imagem “que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, a comunidade internacional entende que o mais adequado é referir-se a tais mídias, como “imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes” , pois tratam-se de provas desses abusos e tal tratamento ajuda a dimensionar melhor o sofrimento das vítimas.
Como denunciar?
Em quase 20 anos de atuação, a SaferNet processou mais de 5 milhões de denúncias de violações de direitos humanos na internet, sendo que até o final de 2024, mais de 2,1 milhões foram de conteúdo relacionado a abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
O sistema da SaferNet permite o anonimato do denunciante que, ao acessar a plataforma www.denuncie.org.br , seleciona um dos nove tipos de violação de direitos humanos ou maus tratos contra animais, cola o link da página com o conteúdo suspeito, escreve um comentário se achar pertinente e envia a denúncia. São apenas 3 cliques para completar uma denúncia. O processo é fácil, rápido e anônimo.
Essa foi a sexta operação da PF para apurar crimes sexuais contra crianças e adolescentes em ambientes digitais deflagrada a partir de informações compartilhadas pela SaferNet Brasil durante a vigência do memorando de entendimento na área de prevenção e educação.
Sobre a SaferNet
A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.
A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br , conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para o acolhimento e orientação às vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .
A SaferNet entrou este ano para o grupo dos 5 hotlines que mais contribuíram globalmente para a detecção de páginas com material de abuso sexual infantil, a partir de denúncias e de busca pró-ativa com ferramentas de detecção, segundo o último relatório global do InHope, associação internacional que reune 57 canais de denúncia em 52 países.
Texto publicado em 18/11/2025
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Marcelo Oliveira
Assessor de Imprensa
SaferNet Brasil
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