A Bahia ocupa o terceiro lugar entre os estados brasileiros que mais pesquisaram o termo “facção” nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Google. Entre as principais buscas feitas pelos baianos estão: “Sinais de facção que não pode fazer”, “Cê sabe” e “Pronunciamento de facção”. A maior concentração dessas pesquisas ocorre em municípios como Itaparica, Maragogipe e Santo Amaro.
Um dos tópicos que desperta mais curiosidade envolve os gestos, números e até elementos culturais que podem ser associados a facções criminosas. Um exemplo é o uso de sinais com os dedos: erguer dois dedos pode ser interpretado como referência ao Comando Vermelho (CV), enquanto três dedos levantados, semelhante ao gesto de “rock’n’roll”, podem ser associados ao Bonde do Maluco (BDM), rival do CV. Até cortes na sobrancelha são analisados como possíveis sinais.
A frase “Cê sabe” também ganhou destaque após a morte de Ian Lucas Barbosa de Jesus, de 20 anos, em Salvador. Ian foi encontrado morto na Rua Mocambo, no bairro de Trobogy, após supostamente ter mencionado a expressão, o que teria provocado a ação de uma organização criminosa.
Além da Bahia, os estados do Ceará e Acre lideram o ranking de buscas, seguidos por Piauí, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Rio Grande do Norte e Amazonas. Os termos mais procurados incluem “pronunciamento facção”, “sinais de facção que não pode fazer” e “sinais de facção com a mão fotos”.
A análise das buscas reflete o interesse, ou mesmo o receio, da população em entender as dinâmicas e os códigos associados às facções criminosas, que exercem forte influência em várias regiões do país.