Este domingo (29/6), último dia do Pedrão de Lauro, foi marcado por apresentações de quadrilhas juninas, bandas locais e um arrastão que encheu de energia as ruas da cidade, consolidando a festa como um novo destaque no calendário de São João da Bahia.
As quadrilhas Bankoma e Nação Forrozeira roubaram a cena, levando o público ao calor do forró nordestino. A Bankoma, projeto sociocultural do bairro de Portão, completou sete anos como um espaço de valorização da cultura local e inclusão de jovens. “A Bankoma nasceu no Terreiro São Jorge, que há 70 anos preserva os ensinamentos e a herança de Mãe Mirinha de Portão. Nosso objetivo é melhorar a vida dessas crianças e jovens através da arte”, explicou Jander Neves, representante do grupo, cantor e compositor há 41 anos envolvido com a cultura da comunidade.
Já a Nação Forrozeira, representante de Itinga, bairro mais populoso da cidade, mostrou que a tradição junina também é caminho para competições estaduais. “Todos os nossos integrantes vêm de escolas públicas, e agora, através da Federação Baiana das Quadrilhas Juninas (FEBAQ), vamos representar Lauro de Freitas em todo o estado”, destacou Fábio Croesy, 38 anos, da Associação de Músicos e Artistas de Itinga.
Para Luana Ellen Nogueira, de 25 anos, a cultura é uma ferramenta de transformação que abre portas. “Muitos artistas daqui começaram em projetos sociais. Temos aulas gratuitas de dança, capoeira, e até os percussionistas das bandas locais têm histórias ligadas a essas iniciativas”, afirmou.
Além das quadrilhas, as bandas locais deram um show à parte em um trio elétrico no estilo pranchão, agitando o público com muito forró, arrocha e pagode. A mistura de ritmos garantiu que ninguém ficasse parado, encerrando o Pedrão de Lauro com energia e alegria.
Com uma programação que valorizou os talentos da terra, a primeira edição do evento provou que Lauro de Freitas tem muito a oferecer, não apenas em estrutura e segurança, mas na força de sua cultura, que segue viva e pulsante.