A Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), está discutindo o Fluxo Educacional Inclusivo e o Planejamento Unificado, nesta terça-feira (5/8), durante todo o dia, com os profissionais da Educação Física da Rede Pública Municipal de Ensino da cidade. O encontro coletivo aconteceu nesta terça-feira (5/8), no Centro de Extensão e Formação Oficina do Corpo (CEFOC), localizado no bairro de Itinga.
As ações educacionais inclusivas visam a adaptação do currículo e das atividades para atender às diferenças de cada aluno. Já o planejamento unificado busca integrar todos os alunos em um mesmo espaço de aprendizagem. Esse encontro envolve a participação de professores, especialistas e profissionais para discutir o processo de planejamento e implementação dessas ações.
O encontro teve início com uma atividade de vivência e sensibilização. Esse foi o ponto de partida para discutir as práticas inclusivas e falar do trabalho que a rede já realiza na cidade, além de abrir o diálogo de contribuição e escuta para melhorar este fluxo de forma colaborativa.
“Este é um momento rico de troca de experiências, de escuta e apresentação dos trabalhos especializados que a rede oferta, como, por exemplo, a sala de recurso multifuncional, que existe em 22 unidades”, frisou Aline Rosário, diretora do Departamento de Educação Inclusiva e Diversidade. Aline revela ainda que toda rede trabalha inclusão através de um Plano de Intervenção Individualizado. “Esse plano compreende o Atendimento Educacional Especializado (AEE) que inclui as necessidades de cada estudante PCD [Pessoa com Deficiência] de forma personalizada e quais as melhores formas de aprendizagem diante das necessidades específicas do aluno”. Essa ação ainda inclui alunos autistas, através de um núcleo multidisciplinar, que atua ajudando os estudantes e a comunidade escolar, entre outras ações estratégicas da rede.
Para a professora Rejane Carneiro, profissional da Escola Municipal Pedro Paranhos, em Portão, a educação física nas escolas pode abrir um leque de opções de temáticas que devem ser inseridas no cotidiano. “Podemos usar o nosso conhecimento e a proximidade com os alunos para alertar sobre temas importantes e transversais como hipertensão, bulimia, sedentarismo e vício em jogos eletrônicos. A escola precisa ser um espaço de escuta e acolhimento”. Ela defendeu que essas temáticas sejam contempladas pelo Planejamento Unificado. “Nós enquanto profissionais de saúde, na área da educação física, precisamos atuar além do ensino dos esportes, de forma preventiva, identificando e atuando nos problemas”, finalizou.
Já Lucíola Vidal, professora e mestre em Educação Inclusiva salienta que o esporte e o lazer são ferramentas. “A educação física tem um componente lúdico, prazeroso e de diversão. É um momento para desenvolver habilidades nos estudantes e para a socialização. Nossa conversa hoje visa fortalecer o grupo e o trabalho desses profissionais para o desenvolvimento completo das habilidades, sempre respeitando os limites do aluno”.
Essas abordagens complementares visam garantir o direito à educação considerando as necessidades individuais e promovendo um ambiente de aprendizado equitativo.