Na noite de sábado (18), o TikTok ficou indisponível nos Estados Unidos, poucas horas antes de uma proibição à plataforma entrar em vigor. Usuários que tentaram acessar o aplicativo foram recebidos com uma mensagem informando: “Desculpe, o TikTok não está disponível no momento. Uma lei proibindo o TikTok foi aprovada nos EUA, o que impede seu uso temporariamente”.
A medida, sancionada no ano passado pelo presidente Joe Biden com forte apoio bipartidário, foi motivada por preocupações relacionadas aos laços da empresa com a China e ao acesso massivo a dados, considerados uma ameaça à segurança nacional.
Curiosamente, o ex-presidente Donald Trump, que foi um dos primeiros a alertar sobre os riscos do TikTok há cinco anos, agora adota um tom diferente. Em sua conta no Truth Social, ele destacou sua popularidade na plataforma e questionou: “Por que eu iria querer me livrar do TikTok?”. Nas semanas que antecederam a proibição, o CEO do TikTok, Shou Chew, se reuniu com Trump em Mar-a-Lago e é esperado na posse do ex-presidente na próxima segunda-feira.
Uma prorrogação à vista?
A legislação aprovada permite ao presidente estender o prazo da proibição por até 90 dias, desde que seja demonstrado progresso significativo nas negociações para vender o TikTok a uma empresa americana.
O que vem pela frente?
Trump estaria considerando emitir uma ordem executiva que suspenda temporariamente a proibição, abrindo espaço para uma solução de longo prazo. Entretanto, enfrenta resistência de setores republicanos, como os senadores Josh Hawley e Tom Cotton. Este último, em uma publicação no X, afirmou: “A ByteDance e seus aliados comunistas chineses tiveram nove meses para vender o TikTok. O fato de a China se recusar a permitir a venda apenas reforça o que o TikTok realmente é: uma ferramenta de espionagem comunista”.
O futuro da plataforma permanece incerto, enquanto o debate sobre sua segurança continua acalorado.