A Secretaria de Saúde (Sesa), por meio da superintendência de Vigilância em Saúde e em parceria com o Hospital Especializado Octávio Mangabeira, realizou, nesta quarta-feira (20/2), uma capacitação sobre o manejo clínico da tuberculose. O evento aconteceu no auditório da Faculdade Unime, localizada na Avenida Luiz Tarquínio Pontes.
A descentralização da coleta do Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) nas unidades de saúde é uma estratégia fundamental para ampliar o acesso ao diagnóstico, especialmente em regiões mais remotas ou com poucos recursos. Com essa medida, a testagem se torna mais ágil, permitindo que os pacientes iniciem o tratamento rapidamente, reduzindo a transmissão da doença e fortalecendo o controle da tuberculose no município.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Doutora Selma Turrioni, destacou a relevância do treinamento para os profissionais que atuam no atendimento a pacientes com tuberculose em Lauro de Freitas. Segundo ela, a capacitação é essencial para atualizar os profissionais sobre o manejo clínico da doença, além de proporcionar um espaço de diálogo, troca de experiências e esclarecimento de dúvidas. “Esse é um importante momento dentro do processo de eliminação da tuberculose como um problema de saúde pública”, ressaltou.
A enfermeira Emilly Barbosa, articuladora dos Programas de Tuberculose e Hanseníase da secretaria, enfatizou que a capacitação abrange profissionais da atenção básica e especializada, além de técnicos de enfermagem, enfermeiros, bioquímicos e equipes laboratoriais. “Nosso objetivo é garantir que todos compreendam o fluxo de investigação, notificação e diagnóstico da tuberculose. Estamos trazendo para o município o TRM-TB e o exame de cultura para BK [Bacilo de Koch], que são essenciais para aprimorar o diagnóstico e o tratamento da doença”, explicou.
Representando o hospital, a farmacêutica Giancarla Di Crédito, que atua no setor de qualidade da unidade, reforçou a importância da padronização na coleta e envio das amostras. “É essencial que as amostras cheguem corretamente identificadas e acondicionadas para garantir a qualidade dos exames. A capacitação contribui para que todos falem a mesma língua e sigam os protocolos adequados”, destacou. Já a farmacêutica bioquímica Emily Lima, do laboratório do Hospital Otávio Mangabeira, complementou que a capacitação permitiu reforçar o fluxo no recebimento das amostras e dar as orientações necessárias para um processo pré-analítico eficiente, garantindo diagnósticos mais precisos e um acompanhamento adequado dos pacientes.